fevereiro 27, 2014
fevereiro 23, 2014
Ei, this in my life now...
Não vi a primeira parte. Estive a
bacalhoar, à bulha com um branco cuja frescura ainda perdura ali para os lados
do maxilar direito. Cheguei aos dez minutos da segunda, mal sentado lerpei logo
com um golo às três tabelas. Molhei o café no digestivo e reparei que o William
estava a jogar. Menos mal, pensei. Beberiquei o caféstivo enquanto enrolava o
décimo terceiro cigarro em seis minutos e quinze segundos. Inventa aí uma
entrada de Carrillo ao Slimani, pensei em voa alta, imaginando um trocadilho
para Mané. Entretanto, o Montero lá foi enfrentando com classe a sua própria angústia, provando
que da nossa [boa] prosa ninguém se livra. Pelo menos isso.
fevereiro 22, 2014
fevereiro 19, 2014
fevereiro 16, 2014
A arte como uma das belas-artes & companhia
Num livro de entrevistas, Pierre Cabanne
pergunta-lhe a certa altura se se dedicava a alguma actividade artística nesses
vinte verões que passou em Cadaqués. Duchamp responde que sim, pois todos os
anos reconstruía o toldo que lhe servia para estar à sombra no seu terraço.
(Vila-Matas, Bartleby &Companhia)
Perguntem à Assunção Vasconcelos, perdão, à Joana Esteves, perdão, àquela pequenina, à Maria vai dar Sangue a Belém...
(ali)
fevereiro 14, 2014
fevereiro 13, 2014
fevereiro 12, 2014
fevereiro 09, 2014
fevereiro 08, 2014
Coisa de labregos
O PRAXISMO-JAVARDISMO
Antes da REACÇÃO
contra a revolução do 25 de Abril de 1974, não havia praxe em Lisboa. O
espírito crítico de um escol cultural, prevalente na Universidade, tinha
padrões exigentes. Ensino superior não queria dizer ensino inferior. Era uma
elevação sobre a miserável circunstância dominante. A praxe era considerada – e
bem -- COISA DE LABREGOS.
Em Coimbra, nos anos
sessenta, após as críticas corajosas de Flávio Vara (“ O Espantalho da praxe…”
1958) e a chegada de uma geração mais desempoeirada, a praxe quase desapareceu.
Reinstalaram-na depois com todo o seu fétido programa passadista.
A praxe é o abraço
alcoolizado entre o ricaço marialvão, abrutalhado e analfabeto e o povoléu
boçal e trauliteiro, folclorizando o servilismo medieval em vestes
eclesiásticas. Ao fim e ao cabo, o velho Portugal alarve, mendigo, medievalóide
e agachadinho, mas de telemóvel em riste.
Não se ponderem
gradações entre um medievalismo civilizado e um medievalismo excessivo. Toda a
praxe é desprezível. No estado a que as coisas, desgraçadamente, chegaram,
proibir seria contraproducente. Mas há muitas formas de desencorajar. E os
professores – que têm sido, aliás, de uma distracção cúmplice (mea culpa) –
sabem isso bem.
Oxalá os estudantes se
dêem conta de como foram inferiorizados e transformados em «jovens velhinhos»
por uma súcia rasca.Tanto mais que a situação assume contornos sinistros e
mafiosos. Ao que parece, com “omertà” e tudo. Um atavismo lusitano vem fazer de
hífen entre a tradição siciliana e o nórdico Nacional-Socialismo. Pior que mera
COISA DE LABREGOS.
(texto de Mário de Carvalho sacado na pastelaria)
[bigodinhos party via dementia]
fevereiro 04, 2014
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