fevereiro 25, 2013

Frequentemente recebem a denominação singela de antropóides


Fevereiro mostrou-nos que Portugal faz parte dessa terra que continua redonda e em movimento, neste caso, sempre no mesmo sentido. O léxico de autocarro inclui a espiral recessiva ao lado das transições rápidas defesa ataque, o que prova que a causa é inexorável, senão vejamos:
O Santander Totta teve 250 milhões de euros de lucros em 2012 e o banco do nosso companheiro Fernando sem-abrigo que através de uma ascensão meteórica um dia acordou como banqueiro Ulrich, BPI fechou 2012 com lucros de 250 milhões, já o BES do amnésico Ricardo Salgado fechou 2012 com cerca de 96 milhões de lucros.
Entretanto, a fraude BPN continua a estimular a piedade dos bolsos do estado a que por osmose solidária se juntam os nossos, e agora ficamos a saber de um ex-ministro que gostava de tapar buracos com Oliveira e Costa, tudo proveniente do mesmo saco amniótico cujo cordão umbilical desagua no companheiro de luta Cavaco.
Por falar na presidência, apraz-nos saber que ali se goza à tripa forra, em período de (suposto) controlo de despesas, esta emprega agora 500 pessoas mais 200 que o Palácio de Buckingham, o qual fica mais barato per capita aos britânicos do a que presidência da república aos nosso bolsos sem fundo.
Também o consultor Borges, um dos paladinos das medidas governamentais vem agora dizer, sem se rir muito, que a distribuição dos sacrifícios pedidos aos portugueses não tem sido equitativa e, segundo parece, há por aí muita impunidade. Lá isso é verdade.
Sem dramatismos, podemos sempre responder com a velha máxima, ainda recentemente utilizada pelo ex-secretário de estado da cultura Viegas, e mandá-los todos tomar no cu, embora este tomar no cu, em especial, nos pareça resultado da influência das inúmeras viagens que o escritor, editor, comentador desportivo e ex-secretário de estado faz amiúde ao Brasil. Aqui na rua é mais vão levar na peida, ou levar no cu, quando muito, vão apanhar no cu ou apanhar na peida.

E são estes gajos e seus sucedâneos que nos falam em democracia e em abalroamento da democracia, estes mesmos que favorecem as relações de subordinação, de lambebotismo e de corrupção, que anunciam medidas gravíssimas com desprezo e indiferença, dissimulando-as por detrás do biombo democrático, a estes todos, teremos de lhes dizer: vão apanhar na peida, ou no cu!

[olha]

4 comentários:

Anônimo disse...

Excelente: levantamento e post, termina até de forma singela, a dar com o título...

Artur S.

Gabriel Pedro disse...

:)

eu diria de forma singela e com a cortesia possível:))

volte sempre

Gerónimo Cão disse...

alguns não se devem importar nada de "tomar" no cu:)

a cena do Hrabal tem algo de existencialismo desencontrado do existencialismo:) algo que ramifica em algumas raízes do anarquismo:) tenho pensado nisso...

Gabriel Pedro disse...

já estão tão habituados a baixar as calças…é um desporto nacional:)

Sim, aproxima-se do existencial(ismo) e de um certo anarquismo: temos que nos bastar a “nós próprios…todo o resto é ilusão, e por isso mentira”.