Fevereiro mostrou-nos que Portugal faz parte dessa terra que continua redonda e em
movimento, neste caso, sempre no mesmo sentido. O léxico de autocarro inclui a
espiral recessiva ao lado das transições rápidas defesa ataque, o que prova que
a causa é inexorável, senão vejamos:
O Santander Totta teve 250 milhões de euros de lucros em 2012 e o banco do nosso companheiro Fernando sem-abrigo que através de uma ascensão meteórica um dia
acordou como banqueiro Ulrich, BPI fechou 2012 com lucros de 250 milhões,
já o BES do amnésico Ricardo Salgado fechou 2012 com cerca de 96 milhões
de lucros.
Entretanto, a fraude BPN continua a estimular
a piedade dos bolsos do estado a que por osmose solidária se juntam os nossos, e
agora ficamos a saber de um ex-ministro que gostava de tapar buracos com
Oliveira e Costa, tudo proveniente do mesmo saco amniótico cujo cordão
umbilical desagua no companheiro de luta Cavaco.
Por falar na presidência, apraz-nos saber que ali se
goza à tripa forra, em período de (suposto) controlo de despesas, esta emprega agora 500 pessoas mais 200 que o Palácio de Buckingham, o qual fica mais barato per capita aos britânicos do a
que presidência da república aos nosso bolsos sem fundo.
Também o consultor Borges, um dos paladinos das
medidas governamentais vem agora dizer, sem se rir muito, que a distribuição dos sacrifícios pedidos aos portugueses não tem sido equitativa e, segundo parece,
há por aí muita impunidade. Lá isso é verdade.
Sem dramatismos, podemos sempre responder com a velha
máxima, ainda recentemente utilizada pelo ex-secretário de estado da cultura
Viegas, e mandá-los todos tomar no cu, embora este tomar no cu, em especial, nos pareça resultado da influência das
inúmeras viagens que o escritor, editor, comentador desportivo e ex-secretário
de estado faz amiúde ao Brasil. Aqui na rua é mais vão levar na peida, ou levar
no cu, quando muito, vão apanhar no
cu ou apanhar na peida.
E são estes gajos e seus sucedâneos que nos falam em
democracia e em abalroamento da democracia, estes mesmos que favorecem as
relações de subordinação, de lambebotismo e de corrupção, que anunciam medidas gravíssimas
com desprezo e indiferença, dissimulando-as por detrás do biombo democrático, a
estes todos, teremos de lhes dizer: vão apanhar na peida, ou no cu!
[olha]
4 comentários:
Excelente: levantamento e post, termina até de forma singela, a dar com o título...
Artur S.
:)
eu diria de forma singela e com a cortesia possível:))
volte sempre
alguns não se devem importar nada de "tomar" no cu:)
a cena do Hrabal tem algo de existencialismo desencontrado do existencialismo:) algo que ramifica em algumas raízes do anarquismo:) tenho pensado nisso...
já estão tão habituados a baixar as calças…é um desporto nacional:)
Sim, aproxima-se do existencial(ismo) e de um certo anarquismo: temos que nos bastar a “nós próprios…todo o resto é ilusão, e por isso mentira”.
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