[CASÓRIO]
No princípio era
a concorrência. Proliferam a granel os players. O consumidor escolhe. O
consumidor confunde-se: é para o seu bem. Entretanto anda de um
lado para o outro qual barata tonta, para ver o que está mais barato (tonto).
“A gente passeia, e ao mesmo tempo vai sabendo das coisas”, diz, quando lhe
perguntam se faz as contas às passeatas. Ali ao lado já as (supostas) concorrentes
se arranjam umas com as outras. Cá para fora simulam-se guerras (propagandísticas).
Após se entreterem a fazer o seu papel de lebre na corrida, umas desistem.
Ficam pelo caminho: ora porque são compradas, ora por que fazem parte do mesmo
grupo, ora porque já ganharam o que tinham que ganhar e voltam para a terrinha.
Ora porque nunca existiram. O consumidor está agarrado e habituado à festa: afinal
era apaparicado, ele é que escolhia. Depois chegam as fusões. A coisa aquece. Ficam
dois competidores. Às vezes apenas um, partilhado em dois. O inimigo de ontem,
o monopólio, é o amigo encoberto de hoje. E o consumidor já sabe: é tudo para o
seu bem.
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