A televisão [portuguesa] é hoje, em si mesma, uma memória. Em alguns casos boa. Ainda se
consegue, concedo, de longe em muito longe ver um ou outro filme, uma ou outra
série, um ou outro documentário (recentemente passou um sobre Herberto Helder
na 2), e nada mais. Ponto. A cabo, pacote básico, ajuda pouco, um ou outro
filme, uma ou outra série, uma ou outra merda qualquer, alguns desenhos
animados, umas gajas a descascar bananas e a RTP Memória. Se calhar é mais a
RTP Memória. Ontem dei por mim a ver o Falatório, (1997) com Dinis
Machado, escritor, entre outros de “O que diz Molero”, also Dennis McShade para
os policiais, de cigarrilha na mão, fumando e conversando (é o termo) com (uma suportável,
à distância) Clara Ferreira Alves: literatura, vida, cinema, família, escrever
não escrever, gandulagens. Muita gandulagem. A semana passada dei por mim a ver
o Falatório, mais uma vez mediado por Clara Ferreira Alves (houveram outros apresentadores),
com José Saramago, Sebastião Salgado e Chico Buarque, na televisão portuguesa!,
ano de 1997. Por exemplo.
Recordo uma sala de cinema que foi a minha escola de cinema (não havia sequer outra disponível). Recordo a televisão das Conversas Vadias, com Agostinho da Silva. Um pequeno mundo. Era público. Era um serviço. E acabou.
[alfred]
Recordo uma sala de cinema que foi a minha escola de cinema (não havia sequer outra disponível). Recordo a televisão das Conversas Vadias, com Agostinho da Silva. Um pequeno mundo. Era público. Era um serviço. E acabou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário