junho 26, 2011

Pasmo mudo

Ontem: Noute. Quente, para não animar ninguém com vontade de “hostes”. E depois todo um programa semanal em que não participei, animei, ou sequer exclamei qualquer vontade, desígnio, ou empenho em verberar os hematomas de uma desgraça que, sendo alheia, é a própria, e a mais não serei obrigado. Posto isto, não reconheço a mudança.

Hoje, se calhar recordo que os “acontecimentos não aconteceram, estão à espera de acontecer no momento em que pensarmos neles”, relendo o “Austerlitz” de W.G. Sebald, e esperando subitamente melhores dias neste (outro) início de noite. Fui - evidentemente lá estive - à padaria, procurando a rosca e, ainda assim, na manhã quente desci e subi essa inclinada plataforma sem pensar em nada, atravessando um reservatório de calor e luz encoberto pelos muros e por um conjunto, segundo creio, de memórias, que me dificultaram, por momentos, atravessá-lo, sem que me detivesse por um momento. Chegado, recebi o chá numa ventura que encerrava trabalhos: carro; casa, livros; trabalho; discos…e um “pasmo mudo”?

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