Setembro é um mês onde normalmente surgem algumas “ideias” e, em alguns casos, parece, ”ideias novas”. Ideias, claro está, naquele sentido, digamos, oitocentista, acoplado à “modernidade”, “às coisas novas” ao “lá de fora, tão bem exposto nas obras do Eça, e curiosamente, também adjudicadas à alma russa, trespassando a pena de Dostoiévski.
Nós, por assim dizer, ainda não abandonamos o século XIX no que toca à vertigem das “ideias” quase sempre novas e quase sempre importadas. É um caminho em círculos que nos entretém através das gerações. Depois das férias é pior. Atente-se nas rentrée (comme ça) políticas: os discursos inflamados e morenos, os silêncios ensurdecedores, as acções ditas “desviantes” e as propostas “fracturantes”. Atente-se nas novidades desportivas e culturais, nas análises aguçadas e abrangentes, nos enredos sociais e psicológicos que necessariamente contextualizam as situações, sejam elas quais forem, esmiuçadas (e arremessadas) por técnicos devidamente especializados em quase tudo.
A ideia é essa…
Nós, por assim dizer, ainda não abandonamos o século XIX no que toca à vertigem das “ideias” quase sempre novas e quase sempre importadas. É um caminho em círculos que nos entretém através das gerações. Depois das férias é pior. Atente-se nas rentrée (comme ça) políticas: os discursos inflamados e morenos, os silêncios ensurdecedores, as acções ditas “desviantes” e as propostas “fracturantes”. Atente-se nas novidades desportivas e culturais, nas análises aguçadas e abrangentes, nos enredos sociais e psicológicos que necessariamente contextualizam as situações, sejam elas quais forem, esmiuçadas (e arremessadas) por técnicos devidamente especializados em quase tudo.
A ideia é essa…
4 comentários:
eles talvez não tenham ideia...mas sem dúvida deve ser isso. Quanto ao resto, admirável o texto, razoável o blog que não conhecia. Para voltar, se deus quiser...
Nunca, mas nunca, passou pela aérea cabeça do anjo comentar comentários. Muito menos, diga-se, desmarcar-se. Todavia, o bom senso demanda que sejamos leves na catana. Cortes existem neste particular, a bem dizer, como arrufos contra, entre outros: erros de ortografia militantes; despojos de gosto ignóbil, a preceito de novelas televisivas; sangrias promocionais sem qualquer relação com o artigo (modestamente) em causa. Humildade e banda gástrica para aqui não são chamados…
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