setembro 01, 2008

Foi você que pediu uma ideia?

Setembro é um mês onde normalmente surgem algumas “ideias” e, em alguns casos, parece, ”ideias novas”. Ideias, claro está, naquele sentido, digamos, oitocentista, acoplado à “modernidade”, “às coisas novas” ao “lá de fora, tão bem exposto nas obras do Eça, e curiosamente, também adjudicadas à alma russa, trespassando a pena de Dostoiévski. 
Nós, por assim dizer, ainda não abandonamos o século XIX no que toca à vertigem das “ideias” quase sempre novas e quase sempre importadas. É um caminho em círculos que nos entretém através das gerações. Depois das férias é pior. Atente-se nas rentrée (comme ça) políticas: os discursos inflamados e morenos, os silêncios ensurdecedores, as acções ditas “desviantes” e as propostas “fracturantes”. Atente-se nas novidades desportivas e culturais, nas análises aguçadas e abrangentes, nos enredos sociais e psicológicos que necessariamente contextualizam as situações, sejam elas quais forem, esmiuçadas (e arremessadas) por técnicos devidamente especializados em quase tudo.
A ideia é essa…

4 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

eles talvez não tenham ideia...mas sem dúvida deve ser isso. Quanto ao resto, admirável o texto, razoável o blog que não conhecia. Para voltar, se deus quiser...

Gabriel Pedro disse...

Nunca, mas nunca, passou pela aérea cabeça do anjo comentar comentários. Muito menos, diga-se, desmarcar-se. Todavia, o bom senso demanda que sejamos leves na catana. Cortes existem neste particular, a bem dizer, como arrufos contra, entre outros: erros de ortografia militantes; despojos de gosto ignóbil, a preceito de novelas televisivas; sangrias promocionais sem qualquer relação com o artigo (modestamente) em causa. Humildade e banda gástrica para aqui não são chamados…