O amanhecer possível, entre caixotes e mudanças da vida empacotada.
Sou um tipo anacrónico. Deveria ter nascido no século XIX em Itália, ou pouco antes, em qualquer lado. Ou se calhar, ainda mais atrás, em Cartago e seguir Aníbal contra essa mesma Itália, no dorso de um Elefante ou de um Cavalo. Ultrapassar os Pirinéus, e depois dançar desvairado, bem às portas de Roma, para ser derrotado mais tarde por cobardia alheia. Ah! o nascer do sol, entre montanhas, sangue, lâminas a tinir.
Maça-me esta confraria de objectos que nos mina o desejo, a vontade e a força, emparedando-nos irremediavelmente. Maça-me a membrana de vácuo que nos acolhe em milhares de imagens. Nessa projecção, esvaio-me até a um nascer do sol longínquo. Talvez lá consiga chegar.
Maça-me esta confraria de objectos que nos mina o desejo, a vontade e a força, emparedando-nos irremediavelmente. Maça-me a membrana de vácuo que nos acolhe em milhares de imagens. Nessa projecção, esvaio-me até a um nascer do sol longínquo. Talvez lá consiga chegar.
Um comentário:
Ainda bem que estás de volta..até a um melhor amanhecer..todos os dias.
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