Encarei a tarde de sol com umas arrumações e os IN THE NURSERY (ITN) como fundo musical, mais concretamente L`Esprit, um álbum da década de 1980, que me conduz infalivelmente ao aconchego da distância. E pergunto: “que tenho eu a ver com esta porra que me rodeia?... Eu cresci a ouvir isto”.Nada de novo, a não ser talvez o facto (insano ou apenas desenquadrado, dir-me-ão alguns), de o confeccionar em cassete. Nem me apercebo, quando o faço, da anacronia do gesto. Em tempo de coleccionadores ou ajuntadores de músicas no ipod, - imagine-se que a cassete também já foi objecto de campanhas para não “matar” (sem rir) a música (ou o sistema?); veio-me à memória alguém conhecido (algo melómano) que esta semana, ao referir-se aos discos que já não escutava, porque o gira-discos (assim mesmo) não funcionava, me confessava que os havia “passado”. “Para CD ou DVD, ou recompras-te?”, avancei eu, já distraído e quase a mudar o poiso da conversa. “Não, não, passei-os para cassete”, respondeu.
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Um comentário:
Já ninguém fala de in the Nursery. também cresci ás voltas da música (nem toda) e literatura. Não admira o mundo de hoje.
Parabéns
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