Foi mais ou menos assim: durante praticamente
todo o jogo e arredores, uma das equipas convenceu-se que a outra não tinha baliza e tratou (apenas) de defender a sua. Entretanto, a outra equipa convenceu-se que realmente não
tinha baliza e que, mais tarde ou mais cedo, marcaria na baliza (supostamente existente)
adversária. Neste caso, o deserto vaticinou um milagre em forma de baliza, a
tal baliza que uma das equipas tanto acreditava que não existia, acabando por convencer
a outra disso mesmo. Afinal a baliza existia, era imanente a um conceito
remoto de jogo. Mas existia. Entretanto, resta-nos a consolação de a tradição
ainda ser o que era. Acreditamos piamente que no momento certo falhamos, com ou
sem balizas.
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