setembro 14, 2012

Em que rua param os estudantes?


A pergunta impõe-se: por onde anda a estudantada, como se diz: o futuro do país? Pois, sabemo-la ali a brincar às praxes, ou festejando a entrada em cursos sem quaisquer perspectivas. Mesmo nas praxes, na rua, não se vislumbra qualquer ligação à terra, nem que seja como folguedo ou reinação com o país, com esta actualidade que já foi o ontem e que vai ser o amanhã. Nada. 

Os liceais, os do ensino superior, acaso pensam que as coisas não lhes dizem respeito, que não interferem directa e indirectamente com o seu presente e futuro - o seu e de quem os rodeia-? Abandono escolar, emprego, desemprego, trabalho precário, recibos verdes, emigração, pobreza. Apenas palavras, sem sentido? E as associações de estudantes, já agora, onde param? 

Tornaram-se uma massa acrítica e indiferente, pese a parafernália de portáteis e ipads a tiracolo. Quando muito vão a jogo, com esforço, por causa das propinas ou das bolsas, mas ainda assim, preferem o aconchego do banco. São confortavelmente suplentes, aguardando a sua vez, se esta chegar. Se calhar, demitiram-se!

[só sei]

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