Eu ontem, nada escrevi. (…)
A padaria folga: o sr. Madaíl, imbuído de um espírito envelhecido em cascos de carvalho, enaltece(u) as capacidades da equipa nacional jogar, supostamente, em piloto automático; o preceptor Queirós guarnece os seus discursos imodestos com o patriotismo da (sua) honra ferida; um qualquer secretário de estado entaramela duas patuscadas na nossa inteligência, a reboque de um protagonismo televisivo angustiante. As televisões filmam. E os dias passam, magnificentes, assinalando a vertigem desmiolada do final do verão, num eterno horário nobre, com direito a análises do mais fino calibre, recordando-nos que, afinal, não bastam as pequenas vitórias, e que nunca venceremos a nossa guerra. E vai daí o caso pia. E a mesma patuscada na nossa inteligência. Sim, o caso pia, e vai piar.
Compreendo. E assim estarei na lama mais funda, perto do sítio das vísceras, na leitura africana que nos encerra à boleia de um olhar antropológico e, às claras, nas horas vagas, depois do jantar, enquanto o Malato nos estimula a insónia. Quero ser maldito. Coisas (a saber) dos trópicos. Mas, indolente, nesta violência que encerra um calhamaço de noites sem dormir, ainda assim, enquanto um pulmão refila, um corpo aventura-se…moído...
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