abril 16, 2009

E uma mordaça?

Proposta inútil para o alargamento da proibição na Assembleia da República da utilização por parte dos deputados, de alguns vocábulos e expressões a juntar a “autista” já em vigor. Já agora proíba-se: Cancro (ex: cancro do sistema ou metástases gigantescas ramificam-se pela economia); esquizofrenia (esta é óbvia e os exemplos variadíssimos); dislexia quando acoplada a galopante; tendão de Aquiles; tendinite; paranóia; senilidade; suspeito ou suspeição; arguido; caso (seguido de qualquer menção saída na imprensa).
Vocábulos como inútil (ex: o sr. deputado é um inútil) e chulice devem ficar numa espécie de purgatório (em análise). 
 Mantêm-se outros termos e expressões consideradas indispensáveis na verve parlamentar, a saber: duas caras; grunhir; oh, sr. deputado!; efectivamente; nomeadamente; num quadro de normalidade; cabrão; de facto; sistémico; olhe que não; pó caralho (dito entre dentes); paneleiro (em sussurro); estratégia global; pensar global agir local (e vice-versa); corno manso (caso a associação dos amigos do corno manso não se insurgir, obviamente); paradigma e indignação.