março 14, 2013

O ser humano como lugar público (ou como aos poucos também os micos, mirones, bufos e cuscos perderão a sua ocupação milenar)


RIOT. Uma tecnologia, no caso um software, criada com propósitos militares pela empresa Raytheon, à venda a quem quiser pagar por ela. O que oferece? Tudo sobre si: horários, hábitos de trabalho, alimentares, viagens, família, relações pessoais. Como? Com os dados que lhe dá de bandeja. Big Brother, olha para mim. Em cada fotografia tirada com o seu smartphone, que regista hora, data, latitude e longitude, em cada posta do seu Facebook, no cruzamento dos seus mil amigos desconhecidos com os seus familiares e colegas de escola, nos emails profissionais e pessoais, quando passa na portagem, em cada compra com o seu cartão de crédito, e com os seus cartões de cliente, nas ruas pejadas de câmaras onde passeia com os seus miúdos e o cão, está aberta uma porta que jamais voltará a fechar-se: a da sua vida (…).

Eugénia de Vasconcellos, jornal Público, versão em papel (13-03-13)

(artigo completo aqui)
[mira]

2 comentários:

Gerónimo Cão disse...

é o mico sofisticado:)o brother mico ou mico brother:)

"não a tornes banal à força de exibida" - a cena do Cavafy:))

Gabriel Pedro disse...

eheheheh

brother mico:)

[cavafy: fabuloso esse poema]