fevereiro 23, 2010

"Onde é que estão as novas gerações?"

Agora que por aí andam a reboque da sapatada os vampiros assépticos, e seus derivados, em séries e novelas de cepa duvidosa, e se entremeiam as memórias com relativismos amorfos, registe-se num cantinho os oitenta anos do Zeca, se por cá andasse. Dou ao desbarato.

fevereiro 21, 2010

Consta que é domingo...

À hora inquieta do “Coiote” na Antena 3, já carrego duas marrecas de dia às costas, para dizer pouco, e ainda sem adro à vista lanço um último olhar às estrelas pequeninas que se regozijam no meu pedaço de céu. Uma carne estufada com vaca a tiracolo engraça entretanto com um ovo estrelado, mais salada e vinho tinto californiano, confluência sinistra que desagua invariavelmente num leito de whisky a dar para o pensamento. Atrevo-me, por momentos, a sufragar esta melancolia que rumina outros lugares. Sei disso. Mas não me sai da cabeça um livro do Alberto Manguel e um outro do Sebald. E não faço por menos a desmama do Giacomo Casanova: “Creio que na sua maior parte os homens morrem sem nunca chegarem a pensar”,in, “História da minha fuga das prisões de Veneza”, edição Antígona, 2006 (tradução de José Miranda Justo). Não tenho dito.

fevereiro 14, 2010

fevereiro 10, 2010

Viva o Academia de Alcochete

No final de um jogo comovedor e disputado (supostamente) até ao limite da razoabilidade que esta carcaça sustém, o sr. Carvalhal, sem chorar demasiado, destacou os [seus] jogadores, que segundo o próprio, tiveram um comportamento “muito digno”. Se fosse apenas um caso de paranóia passageira, ainda vá, mas o quadro afigura-se de contornos a aflorar o sobrenatural. Após 4 derrotas e encaixe respectivo de 12 golos, Carvalhal está plenamente convencido que é o treinador do Imortal de Albufeira. Os (seus) meninos, esses, convenceram-se que são uma equipa de iniciados denominada Academia de Alcochete, com alguns menos jovens a colorirem uma amizade fraterna, gravitando num mundo de graúdos mauzões, de Magalhães em punho, a fugirem risonhamente aos deveres de casa. As invectivas dos adultos, leia-se, dirigentes, entram a 100 e saem a 200, assim como os piropos (para não dizer outra coisa) dos adeptos, exigentíssimos(!), e já agora, como entram os golos. Esta confraria de mimados, supostamente imberbes (sem esquecer os rapazolas que “mandam”), habita risonhamente um limbo de entremeada felicidade e caixão à cova. Esquecem-se, todos, que antes da sportinguização do seu mundinho, Alexandre o Grande, aos 31 anos, e até antes, já havia conquistado parte do mundo antigo e todas as noutes papava dois garrafões de vinho. Do mal o menos: mandem-nos empalar junto à estrada que não vai dar a lado nenhum…

fevereiro 02, 2010

Olha o bife e um gajo ainda fica como o Ozzy


Um jogo de bola é apenas um jogo de bola. Certo. A morte do artista, leia-se, Sporting, ocorre(u) logo no primeiro acto. À parte disso, não temos mais sonhos no mundo. 
Tecnicamente, e para espingardar, o Sporting está já ali ao lado do
(cabrão) Belém, descendo as calcinhas com um ronronar imperceptível mas dinâmico, caminhando inexoravelmente para a puta que o pariu…


Sandes de queijo

Entretanto, e a páginas tantas, como diria o milinho, vou definhando já perfeitamente enquadrado no milieu das dores. É para aprender? Não é. Sempre a considerar…