março 22, 2013

O continente dos mortos vivos [o verdadeiro Zombieland]



A questão zombie não é de somenos: existe, ou existia, um estado com um sistema financeiro muito particular, – este muito particular é o busílis da questão zombie – tão particular que nos remete para peculiar ao mesmo tempo que nos cabeceia em privado e nos amortece com a sua fugacidade íntima. Este sistema bancário, perdão, financeiro, tinha uma dimensão muito superior à economia de um país(?) chamado Chipre, ao qual supostamente pertencia, pormenor que durante longos anos, especialmente nestes últimos de apuro (quase) generalizado, terá (supostamente) escapado a todos os auditores, contadores, banqueiros, políticos, um fartote de anémonas cipriotas e europeias, o que nos remete para o conceito de zombie em part-time, já que esta (nova) extirpe, apenas zombieia em determinadas condições, normalmente por si ditadas, oscilando entre o modo zombie e o modo mais ou menos zombie quando se trata de assuntos irrelevantes como, por exemplo, aumentar impostos, diminuir salários, ou criar paraísos fiscais, coisa que nunca passou pela nem cabeça de Baudelaire ou De Quincey.

Estes e outros zombies em full-time, espécie muito em voga nas sociedades ocidentais, já foram sobejamente retratados nos filmes de Romero:


mas também do Carpenter:




A ilha de Chipre é pródiga em particularidades, estando dividida desde 1974 entre os cipriotas (Gregos) e os outros cipriotas (Turcos), antes por lá governaram com aproveitamento, os ingleses, os turcos otomanos, os venezianos e uma claque não oficial do Sporting. Um murete que ninguém reconhece nem quando lá esbarra com a cornadura, faz o seu papel de tampão. De um lado é a Europa, do outro, seja lá o que deus quiser. Entretanto, parece que há gás natural por perto, arregaçam-se as mangas e limpam-se as beiçolas da geoestratégia, enquanto se pede a uns que paguem (mais uma vez) a merda dos outros: coisa que lá, como cá, não falta. Enquanto isso, zombies de todas as extirpes assobiam ou não saem de cima. Estarão ao nível da série Walking Dead (que é mais fraquinha, - então a 3ª temporada): 




 [palhaço]

4 comentários:

Gerónimo Cão disse...

esta merda sim, é uma grande posta ensanguentada, mal passada como o cão gosta:)

Gabriel Pedro disse...

:)

como é que se diz?
para mim, assim assim:)

gracias já lá estou

Anônimo disse...

excelente texto.
vou continuara a frequentar (pena a cor futebolística....hahaha)

Carlos G

Gabriel Pedro disse...

:)
thanks

a tasca tem a porta (verde) sempre aberta:)

hehehe