Já quase não ouço este disco, perdão, álbum, dos Mercury Rev, mas fartei-me de o fazer sem qualquer freio que o valha. Vinte anos nos separam, prova de que não vou para novo, embora o pareça (em determinadas circunstâncias nem sempre determináveis), comparativamente com o maralhal que por aí rosna postas de pescada supostamente recomendáveis (ao ouvido). Mas o "Holes" fica para a história. Nem que seja a minha:
setembro 28, 2018
Notícias do meu país
Confesso que continuo a maravilhar-me (quase) diariamente
com este país. A criatividade, nas suas mais variadas formas, sobretudo as não
responsáveis e as irresponsáveis, são um marco indelével e um exemplo para todo
o mundo. Veja-se o caso (um romance para alguns, uma farsa para outros, mais distraídos)
de Tancos. Após um ano e picos de diligências e histórias, finalmente não
chegamos a conclusão nenhuma, mas só até ver. A juntar a Tancos e aos Comandos,
ninguém das forças especiais quis ficar de fora e os Fuzileiros deram um ar da
sua graça (literalmente): fuzileiros perderam caixa de munições e só deram por isso quando um condutor a achou na estrada.
Aqui perto, Pedrogão, ainda arde. Depois de sabermos a
história da malta (criativamente) a tentar receber umas coroas à custa de pretensas
primeiras casas que apenas eram visitadas de lembrança, chegamos agora a mais
uma folia da justiça: autarcas, quadrosda EDP e da Ascendi acusados de homicídio negligente, sem esquecer a
proteção civil. Por fim fiquei a saber que a minha licenciatura pré-bolonha
(ainda tenho algures uma pós graduação e uma tentativa frustrada de receber uma
bolsa de doutoramento – também queria ser filhos de deus e deste Portugal criativo),
já não vai ser equiparada a mestrado como, aliás, havia sido prometido pelo governo. Não fiquei triste. Isto é uma terra de oportunistas, perdão, de
oportunidades e desenrascanço. É como na República Dominicana, olhem lá:
setembro 27, 2018
A chegada das trevas
O estudo não é exaustivo, nem isso era para aqui chamado. Não seguindo o caminho fácil do índice remissivo de factos ou historietas avulsas, nem por isso nos presenteia com floreados e retoques. Não pretendendo ser educativo (embora o seja), nunca se afasta de uma linguagem cuidada embora simples (não arrisco aqui a palavra acessível). A autora é dona e senhora de um sentido de humor que nunca esmaga o texto, antes pincelando-o a espaços, não fosse a temática em causa ainda tabu. As semelhanças com alguma da actualidade não são mera coincidência.
Estes demónios podem ter sido praticamente esquecidos pelos historiadores modernos, que tendem a a passar pelas demonologias com um silêncio que remete eloquentemente para o seu embaraço, mas tais diabos deixavam obcecados, talvez até tivessem possuído, algumas das maiores mentes do início do cristianismo(...)
Estes demónios podem ter sido praticamente esquecidos pelos historiadores modernos, que tendem a a passar pelas demonologias com um silêncio que remete eloquentemente para o seu embaraço, mas tais diabos deixavam obcecados, talvez até tivessem possuído, algumas das maiores mentes do início do cristianismo(...)
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