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fevereiro 01, 2016

Os dias estéreis da determinação


Quando tudo acabou, o sonho de flutuar em direcção a estrelas que explodiam, e a carne regressou para sustentar os prosaicos canais do meu sangue, quando o quarto voltou a ser o que era, sórdido e sujo, o tecto nu e vazio de sentido, o mundo gasto e cansado, nada senti além da velha culpa, a sensação de delito e transgressão, o pecado da dissolução. 


dezembro 15, 2013

A Experiência pode ser educativa


A uma sugestão saída da pena de Barthelme nas suas 40 histórias: podem consumir as nossas drogas perigosas, sem dúvida, mas só para sobremesa – primeiro têm de mastigar muito bem a couve-flor, comer as verduras todas(...)

responde assim o paroxista Baudrillard: o avacalhamento ocidental, essa felicidade alimentada a hormonas e a farinhas animais, esse êxtase indolente e tecnológico, esse vírus interactivo que nós oferecemos [por exemplo] ao Leste em troca da sua abertura ao espaço democrático, é pior ainda do que...

uma dor como quando alguém nos pica o traseiro com um alfinete, isto é, uma tristeza que a longo prazo se revela pior, acrescenta Baldini, e diz mais, diz que: se nos safássemos, havia sempre alguém mais abaixo na cadeia que não conseguia. Essa pessoa gritava. Mais à frente tínhamos de nos esforçar para colmatar o espaço no tapete rolante para ela se sentir melhor, continua o Baldini, mas quem conta a história toda é o Fante.  Está tudo dito. 

dezembro 08, 2013

Prevejo mal-entendidos


Um tipo começa a ler o Fante e às tantas ele diz, que é como quem diz, escreve, assim:

 – O que é que escreves? Contos? Ou ficção normal?
 – As duas coisas. Sou ambidestro.

Isto no "Estrada para Los Angeles", lá para a página trinta e três.