Agora e, já agora, fala-se de censura. Parece que também um livro do Ubaldo Ribeiro, que ninguém leu, inclusive eu, sim eu, o último dos leitores avulso e do prazer que ainda se dão ao trabalho de ler, foi excomungado. Ocorreu no denominado grupo (como?) Auchan, grupinho jumbo, que merece letra pequena, a acompanhar estas minudências dos apóstolos da razão. Parece que há gente que se insurge perante tal originalidade(?). Nunca li, ainda mais agora que me esfalfo por acompanhar a senda dos clássicos e dos outros menos clássicos que sem dúvida o serão no futuro, e ainda outros que dependem do meu egocentrismo de leitor, que parecem, assim à primeira vista, importantíssimos, e já estou a levar por tabela, contra as margens do minimamente correcto e oxidado mundinho. Enquanto as órbitas voltam ao lugar, deprimo durante 14 segundos e assou-o o nariz. Anacrónico, penso nos prodígios do condestável que apesar de militar afoito se tornou, afinal, santo. Antonin Artaud, que enlouqueceu rodeado de santos e seus bastões e rufias com a alma a rasgar-se, escreveu o seu “Heliogabalo ou o Anarquista Coroado”, desamarrando-se deste mundo pelo nariz, e eu anarquista descorçoado, vou se calhar ler o Ubaldo e "A Casa dos Budas Ditosos”, depois de reler uma viagem ao mundo de “Os Tarahumaras”, longe de serem clássicos….
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