Estávamos em 1959, e recordei-me logo de uma frase do Pepe Carvalho (no Milénio I de Montalbán), aludindo ao ”envelhecimento da modernidade”, ou se quisermos, o envelhecimento precoce da modernidade. A coisa nasceu velha. De um capitalismo juncado (e fundado) em cadáveres, passamos - e estou agora claramente a extrapolar viajando no tempo- para um capitalismo juncado de dívidas e fundamentado nestas. Vítima alarve, dir-me-ão, mas não me comovo, sabendo que a estes políticos e dirigentes dá muito jeito a total ausência de memória, e um desconhecimento quase total do povo da (sua) história (para além de datas avulso e comemorações esvaziadas do seu sentido), reconhecendo-se, todavia, que aqueles políticos que constam da frase anterior também desconhecem a história e têm a memória mais curta que um peixe. Por isso dá jeito.
outubro 23, 2011
Os 400 golpes mais 1
Estávamos em 1959, e recordei-me logo de uma frase do Pepe Carvalho (no Milénio I de Montalbán), aludindo ao ”envelhecimento da modernidade”, ou se quisermos, o envelhecimento precoce da modernidade. A coisa nasceu velha. De um capitalismo juncado (e fundado) em cadáveres, passamos - e estou agora claramente a extrapolar viajando no tempo- para um capitalismo juncado de dívidas e fundamentado nestas. Vítima alarve, dir-me-ão, mas não me comovo, sabendo que a estes políticos e dirigentes dá muito jeito a total ausência de memória, e um desconhecimento quase total do povo da (sua) história (para além de datas avulso e comemorações esvaziadas do seu sentido), reconhecendo-se, todavia, que aqueles políticos que constam da frase anterior também desconhecem a história e têm a memória mais curta que um peixe. Por isso dá jeito.
outubro 22, 2011
outubro 16, 2011
Vão para o diabo sem mim: o burro do povo
Parece que o leite achocolatado ficará taxado como até aqui. Vitória. Parece que o dito é um elemento fundamentalíssimo para o crescimento dos neófitos. Docinho.
Parece que há por aí muita gente surpreendida com algumas das medidas tomadas por este governo de santinhos trauliteiros (e intrujões). Pergunta-se em quem terão votado (quando se dignaram a ir votar) nos últimos 35 anos estes “surpreendidos”, “ultrajados”, “acampados” e “indignados”.
Eu confesso-me fodido. E burro: como a personagem – assim me pareceu- principal do filme de ontem na RTP2, ”Peregrinação Exemplar” do Bresson. Leio que lá mais para o fim da película (quando já cá por casa nos interrogávamos quem era o burro), o burro é salvo por um moleiro que acredita que ele é a reencarnação de um santo. Basicamente é esta a história do nosso país. E aposto que alguém virá para nos salvar…