junho 30, 2013

Murmúrios que matam


«Encontrarás lá o meu querer. O lugar que eu amei. Onde os sonhos me enfraqueceram. A minha aldeia, erguida sobre a planície. Cheia de árvores e de folhas, como um mealheiro onde guardamos as nossas recordações. Sentirás que, lá, uma pessoa gostaria de viver para sempre. O amanhecer; a manhã, o meio-dia e a noite, sempre os mesmos; mas com a diferença do ar. Lá, onde o ar muda a cor das coisas; onde a vida corre como se fosse um murmúrio; como se fosse puro murmúrio da vida…»

“Pedro Páramo”, Juan Rulfo. Cavalo de Ferro. 

[deve ser do ar]

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