«Rogron e Sylvie, estas duas máquinas sub-repticiamente
baptizadas, não possuíam, nem em germe, nem em acto, os sentimentos que
conferem ao coração a sua vida própria. Por isso, aquelas duas naturezas eram
excessivamente fibrosas e secas, endurecidas pelo trabalho, pelas privações,
pela memória das suas dores durante uma longa e rude aprendizagem. Nem um nem
outro lamentavam qualquer infelicidade. Eram, não implacáveis, mas intratáveis
para com as pessoas em dificuldades. Para eles, a virtude, a honra, a lealdade,
todos os sentimentos humanos consistiam em liquidar as letras regularmente. »
“Pierrette” (pp. 28), Honoré de Balzac. Tradução de Pedro Tamen. Relógio D’Água.

 
 
 
 
 
 
![Todo o anjo é terrível [e inútil]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivB2RT9zXGYxO98QtwwIeD9BVq50oIcmvjPxm4excvozNB2t_pxRU7AuoK7v7EoD4377hxQPzUVwDcFDoqA0vmgXSfsVo-z-eqMIaNnkvYbEYQlCJhiUC3cmmbR9k0uIT8oRWdK1gxuIY/s220/Anjo.jpg) 
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