Bem sei: [já] não há magia neste olhar público enclausurado na penumbra mais sólida. À parte disso, tresleio ou recordo, não sei bem precisar, um tipo que verberava a sua inusitada falta de tempo para ler. Terá sido na bloga? O meu amigo Alfredo perdoando o ultraje, insistiu com a maré num “pararei de beber para ter mais tempo para ler”. Num cantinho desse desvario, onde eclodem inúmeras citações mundanas e vértebras literárias à paisana, decidi construir uma muralha, sólida, adjectivada e se calhar metafórica, contra, vamos lá, este mundo enganosamente espaçoso (onde julgamos arribar a algo?). Ou, na ilusão de mais uma promessa banal, vou, como aquele personagem do Eça ao saber da invasão da França por Bismarck, dar-lhes cabo do canastro (amanhã) na gazeta das Beiras (cito de memória). Agora é que vão ser elas…
Não será esse o grande delírio, a encenação fantasmática das nossas próprias ilusões?
Não será esse o grande delírio, a encenação fantasmática das nossas próprias ilusões?
Adenda: a citação título pertence a Logan Pearsall Smith, in "O papagaio de Flabert", Julian Barnes
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