abril 20, 2009

Ainda por cima o tempo anda tolo e o futebol aproxima-se do fim…

"Os Bêbados", José Malhoa, 1907

Finda a Páscoa e a Pascoela, na padaria reina a desolação. Impingem-se Martinis sem qualquer efeito imediato e as Sagres resvalam para a goela sem a galhardia de outros dias. Da janela do lado do esquecimento, única vitrina da vida, a senhora Guidinha repenica duas ou três doenças sem qualquer convicção nos transeuntes. Até o divórcio da Gininha, filha já de si bastarda da Dona Joana Lava Tachos, não empolga ninguém. Vá lá, ganhou o Benfica, o Porto e o Sporting mas os casos foram poucos, tirando a intranquilidade (diga-se que justa) do senhor Bento. Assaltos, barrelas, violações e pancadarias são aos montes (que saudades daqueles casos únicos, belos, irreais). O caso Freeport é de pouca monta (com tendências irritantes para se transformar numa saga) e a tensão entre corrupção para acto lícito e ilícito não ampara nenhuma destas cabecinhas, mesmo as informadas e com instrução por aí fora. É um coçar de cabeça sem limites. O cartaz da senhora da oposição encaixou dois ou três debates técnicos, entre o Luís das bicicletas, o Carlo Zarolho e o outro zarolho, filho do Dias. Sem grande impato, que isto das consoantes mudas já nem no jornal Record se usa, como bem afiançou o Miguel das novas oportunidades com a cabeça debaixo do braço. 
Resta o desemprego, mas como diz o Alfredo, isso “não dá de comer nem de beber a ninguém”…

Adenda: eu por acaso gosto de consoantes mudas (roucas, mancas e criativas) e, diga-se, não as acho tão mudas assim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não conhecia blog..achei muito bom e o artigo também..parabens

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Sara L