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O dia amanheceu com umas boas 50 e tal páginas de Albert Cossery. Imaginem-no já entradote na idade, fato elegante de linho branco, sentado, bem direito, numa esplanada de Paris. Com os olhos no Egipto.
Conforme Cossery, amo o ócio. Talvez por falta de coragem, julgo, não apresento o seu nível refinado de preguiça. Sou um optimista, em todo o caso, nada irá mudar.
Lanço um soslaio ganancioso a esse deplorável exterior. Rio.
Ossama era ladrão; não um ladrão legalista do estilo ministro, negocista, especulador ou promotor imobiliário, mas um modesto ladrão de rendimentos aleatórios, cujas actividades - sem dúvida por proporcionarem benefícios limitados – em todos os tempos e latitudes têm sido considerados como uma ofensa à regra moral dos ricaços.
Uma excelente partitura em dia de chuva…
Albert Cossery
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